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Conheça 3 atitudes machistas na dança de salão

Não seria ousado dizer que a dança nasceu com a humanidade. Inicialmente associada à sobrevivência primitiva, os movimentos corporais se desenvolveram na medida em que a própria civilização tomava forma e se organizava. Em função de seu caráter de expressão, é possível afirmar que a dança reflete com exatidão a postura e os valores da sociedade — e, neste caso, um exemplo claro está nas atitudes machistas na dança de salão.

Como uma extensão das demandas sociais da atualidade, o machismo na dança — assim como vem acontecendo com cada vez mais frequência também em outras esferas — está em evidência, despontando como um equívoco a ser corrigido.

Neste post, você conhecerá algumas das atitudes machistas que podem ser observadas na dança de salão e saberá como é possível combatê-las, tornando a prática mais igualitária. Vamos lá?

1. A restrição na oportunidade de convidar

O jogo díspar de forças começa a tomar forma já nos primeiros momentos: é do homem a tarefa de convidar a dama para dançar. A situação contrária, caso ocorra a despeito de olhares espantados, é muitas vezes vista como uma iniciativa deselegante.

As mulheres são continuamente desestimuladas a tomar a iniciativa de convidar. Em lugar da autonomia de escolha, são aconselhadas a aguardar que o parceiro se aproxime e solicite a gentileza de uma dança. Qualquer movimento oposto é imediatamente julgado e desmerecido.

Mas será que precisa mesmo ser assim? Por que não permitir que as damas assumam a dianteira nas escolhas e distribuam os convites aos cavalheiros? Assim como vem acontecendo na sociedade, o papel da mulher na dianteira das decisões é cada vez mais expressivo. E a tendência é que a dança siga o mesmo curso.

2. A obrigatoriedade unilateral de conduzir

O pensamento de que o homem tem a obrigação de conduzir a dama durante a dança ainda é bastante pungente nos salões da atualidade. Às mulheres, cabe a orientação de permanecer sujeita aos movimentos do parceiro, eximindo-se de qualquer responsabilidade no desenrolar da dança.

Novamente, surge a pergunta: por que não desafiar o status quo? Por que não compartilhar a liderança na condução do(a) parceiro(a)? A dança de salão é um exercício essencialmente conjunto, no qual a harmonia do casal é determinante para a graciosidade dos movimentos, e assim deve ser na condução.

Ao permitir que haja intercâmbio no domínio dos movimentos, ambos ganham. E ganha, também, a própria dança de salão — enquanto arte e expressão social.

3. A superioridade no ato de proteger

A suposição de que as mulheres constituem o sexo frágil não deixa de afetar a dança de salão. Muito provavelmente em função deste equívoco, que vem sendo desmitificado com cada vez mais significância em tantas outras esferas, ao cavalheiro perdura a obrigação de “proteger” a parceira diante da ameaça de choque com outros casais.

O correto, porém, não seria optar pela proteção mútua? Além de mais justa, essa postura de cooperação é mais eficiente: ao cuidarem um do outro, o casal demonstra mais respeito e confiança; sentimentos que extrapolam os movimentos da coreografia e beneficiam os envolvidos também fora das pistas.

Diante das considerações apresentadas e das próprias mudanças que já se delineiam na sociedade, a tendência é que as atitudes machistas na dança de salão também sejam gradualmente substituídas por uma postura de compartilhamento. Em vez de imposição e submissão, que tal a liberdade e a interação? Vale a pena experimentar!

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