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Orgulho gay: dança de salão para o público LGBT

Junho é o mês do orgulho LGBT. Essa data se refere à reação do público LGBT de um bar de Nova Iorque (EUA) diante das batidas polícias frequentes que ali aconteciam no ano de 1969. Tal movimento contra a perseguição policial durou 2 noites e culminou, no ano seguinte, na 1ª Parada do Orgulho LGBT do mundo.

É uma data importante de ser lembrada, uma vez que, ainda hoje, a perseguição, a discriminação e a violência contra eles e elas ainda continuam.

Em 38 países da África. a homossexualidade é criminalizada. Já o governo checheno iniciou uma campanha para “limpar” o país das pessoas com uma “orientação sexual não oficial”. E, no Brasil, 1 LGBT é morto a cada 25 horas por crime de homofobia.

No post de hoje, vamos falar sobre dança de salão para o público LGBT com o intuito de comemorar e reafirmar a luta em favor da promoção e proteção dos seus direitos.

Dança é coisa de gay!

No mundo de hoje, existe muitos preconceitos que repercutem nas coisas mais simples do dia a dia. A dança de salão também não sai ilesa disso e existem alguns tabus que precisam ser quebrados.

É comum no grupo de amigos heterossexuais fazer piada chamando de gay aquele amigo que faz aula de dança.

A dança é uma arte em que os corpos de 2 pessoas se movimentam de forma ritmada de acordo com uma música. Isso não depende de orientação sexual, que, por sua vez, também não é um motivo de ofensa.

Dessa forma, dança é coisa de gay sim! É coisa de hétero, de bi, de homem, de mulher, de trans e de quem mais quiser.

Pode dançar homem com homem e mulher com mulher

A dança de salão, originalmente, pressupõe a presença de uma dama e de um cavalheiro. O homem conduz e a mulher responde.

Por esse motivo, muitas pessoas pensam: como pode dançar homem com homem e mulher com mulher?

Essa estruturação da dança de salão remonta à época em que ela surgiu. Nesse período, os papéis sociais de homens e mulheres eram muito bem definidos e engessados. Ela se apresentava necessariamente em uma posição passiva em relação a ele.

Existe a necessidade de se desvincular essa lógica heteronormativa da dança. O homem ou a mulher podem conduzir e serem conduzidos. O importante é a técnica e os seu benefícios: maior sociabilidade, maior bem-estar, melhoria da sua autoestima, etc.

Locais de dança de salão para o público LGBT

O estatuto da gafieira, em seu artigo 3º, diz: “Não é permitido dançar mulher com mulher e homem com homem”. Esse estatuto chegou a ser pintado nas paredes das gafieiras cariocas e reflete os aspectos sociais dessa época, que ainda são sentidos até hoje.

Muitos casais LGBT não fazem aula ou frequentam alguns salões por não se sentirem à vontade nestes locais. Existe quem olhe com espanto e faça comentários maldosos, advertindo as pessoas por estarem dançando juntos.

Em virtude desse preconceito, há iniciativas voltadas especificamente para o público LGBT. Trouxemos alguns exemplos para vocês:

  • A Unique for 2 é uma escola de dança em São Paulo (SP) que oferece aulas de dança de salão. A cada aula, são abordados duas modalidades, entre elas: bolero, rock, zouk, samba de gafieira, tango ou salsa.
  • A escola de dança Ata-me! Dança de salão, de Belo Horizonte (MG), organiza, esporadicamente, o Forró Queer com a Frente autônoma LGBT. O evento é gratuito e acontece em algum espaço público da cidade. O primeiro foi realizado no Viaduto Santa Tereza.
  • O espaço GLS dança de salão é uma escola em São Paulo (SP), onde são oferecidas aulas de dança específicas para o público gay.

A dança é uma arte que, na sua origem, refletiu os aspectos sociais de sua época. Assim, hoje ela também deve refletir a sociedade diversa e plural na qual vivemos. A dança de salão para o público LGBT não deve ser mais um tabu.

Nem mesmo a timidez precisa ser um obstáculo para você começar a riscar o salão, viu? Aprenda 4 dicas para perder a vergonha de dançar.

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